Testemunho - Guilherme Ornelas M.   Lobato 
            
              Este Testemunho é para compartilhar com vocês a seqüência 
  encadeada de fatos   e motivos que me levaram a voltar a freqüentar, e com 
  muita seriedade e   compromisso, uma igreja, após 20 anos de afastamento e 
                apostasia. 
                Em   meados do segundo semestre do ano passado, aproveitei uns 
                momentos de folga   para levantar algumas questões existenciais sobre a vida, a 
                nossa vida, o   universo, Deus, a criação, a evolução, o homem, a natureza, etc., 
                da forma   mais imparcial possível, e apenas como um observador, sem me 
                inclinar para   qualquer resposta pronta vinda da ciência ou da religião, embora 
                também sem   rejeitá-las absolutamente. 
                Na minha concepção de agnóstico, posição que mais   me identificava 
à época, o meu entendimento deveria ser desenvolvido a partir   do 
conhecimento científico já comprovado, porém, abrindo espaço também, e   a 
partir do conhecimento científico, para a erupção de possibilidades   decorrentes 
do processo intuitivo de cognição, ou seja, não subestimar o   poder da intuição 
                para se descobrir verdades encobertas. 
                A intuição é   muito subestimada por muitas pessoas que buscam 
                respostas respaldadas na   ciência, pois elas acreditam que a intuição, por não 
                ter base racional, não é   válida para o processo do conhecimento. Esse 
                pensamento é por demais   precipitado, e, na verdade, constitui um erro 
                grosseiro que leva às raias do   impossível qualquer descoberta, por mais 
                simples que seja.  
                Certo também é   que não se deve elevar à categoria de 
                conhecimento toda a idéia decorrente da   intuição, isso porque a intuição é 
                alcançada pela imaginação. Para se intuir   é necessário, como dizem 
                coloquialmente, ter a “cabeça aberta”, mas cuidado   para não achar que tudo 
                aquilo que se imagina é conhecimento intuitivo, pois   não é. A imaginação 
                busca a intuição como um cego tateando no escuro, que só   pode dizer que 
                achou o que procurava após sentir os contornos do objeto   alcançado. Isso 
                significa que o conhecimento adquirido pela intuição não deve   ser considerado 
                conhecimento antes de ser comprovado por qualquer meio   convincente, que 
                convença, evidentemente, a pessoa que está fazendo a   pesquisa. Lembro 
                agora uma frase conhecida de Einstein que acho oportuno   recitar aqui: “A 
                imaginação é mais importante que o conhecimento”. Acredito   que o gênio disse 
                mais ou menos o que estou tentando dizer aqui. 
                Como sou   advogado, conheço as leis de processo judicial, e, para 
                ilustrar mais o que   estou querendo dizer, trago agora uma regrinha conhecida 
                do nosso meio sobre   a relação do juiz com as provas que lhe são apresentadas 
                num processo.   Segundo o nosso Código de Processo Penal, “O juiz formará 
                sua convicção pela   livre apreciação das provas”, e segundo o nosso Código de 
                Processo Civil:   ”Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, 
                ainda que não   especificados nesse Código, são hábeis para provar a verdade 
                dos fatos, em   que se funda a ação ou a defesa”. Quero com isso dizer que na 
                nossa própria   cultura jurídica, cujo fim é o julgamento das causas levadas pelas 
                pessoas ao   Judiciário, um cuidado que o legislador tem é o de não bitolar o 
                juiz,   reconhecendo-lhe o direito e o dever de pensar e refletir livremente   sobre 
                tudo que lhe é apresentado, sem amarrá-lo a uma interpretação   mecânica, 
                rasteira e literal das provas que lhe são mostradas. 
                Um bom   julgador muitas vezes tem que ir além do que é dito para 
                descobrir a   realidade oculta que ninguém está dizendo, ou porque esconde, ou 
                porque não   sabe mesmo, para assim agir com justiça e em consonância com a 
                verdade.   Porém, ao firmar seu entendimento, um julgador competente deve, e  
                com muita   exatidão, expor as razões que fundamentaram o seu juízo, inclusive 
                para   enfrentar o crivo das outras pessoas da sociedade. 
                O mesmo espírito deve ser   o da pessoa que está realizando alguma 
                investigação ou pesquisa. Apesar de   ter partido do conhecimento comprovado 
                cientificamente para chegar às minhas   conclusões, para alcançá-las, lancei 
                mão da minha imaginação, sem inventar,   mas fazendo suposições pertinentes 
                que poderiam ser uma possível resposta à   questão que estava indagando. 
                Esse processo de descoberta é mais eficaz do   que se pensa, desde 
                que o pesquisador tenha seriedade, e tenha também   consciência de que age 
                como um cego tateando no escuro, e que, por isso, às   vezes, deve abandonar 
                determinada resposta que acaba de abraçar e passar a   considerar uma outra 
                que já se apresentou ligeiramente mais condigna com a   verdade. Deve-se ter 
                sempre em mente também que a verdade absoluta nem sempre   surge a nossa 
                frente, mas que muitas respostas são alcançadas   satisfatoriamente. E é isso 
                que faz valer a pena todo o processo. 
                Porém,   como conseguimos identificar, dos resultados do processo 
                intuitivo de   cognição, aquilo que pode ser considerado verdade daquilo que não 
                passa de   uma idéia errônea? Essa é a parte mais difícil do processo. Você não 
                pode   acreditar em qualquer coisa, mas ao mesmo tempo não pode se furtar   em 
                considerar verdades que desafiam o nosso paradigma de época.   Quando 
                Galileu disse que a Terra era redonda e girava em torno do sol, quase   foi 
                executado porque desafiou um paradigma de época. Cuidado ao desafiar   uma 
                crença oficialmente arraigada na sociedade! Mesmo que você tenha razão,   as 
                pessoas, inclusive as autoridades, não vêem com bons olhos   mudanças 
                radicais de concepção. Parece que os homens cultuam a estabilidade   como 
                uma expressão da perfeição, sem perceber que muitas vezes ela os cega   para 
                a verdadeira compreensão.  
                O conhecimento intuitivo para ser aceito   como conhecimento não 
                pode ficar isolado no mundo das idéias, e sim deve ser   observado à luz da 
                realidade fática do mundo em que vivemos, e, se responder   de maneira 
                positiva e satisfatória às questões suscitadas, deve ser   considerado para o 
                processo cognitivo. Em outras palavras, a intuição só deve   ser considerada se 
                for comprovada, ou cientificamente, ou empiricamente.   Enquanto carecer de 
                qualquer comprovação, as idéias provenientes da intuição   não podem ser 
                seriamente consideradas, mesmo que sejam corretas. 
                Bem, após   esse longo prólogo para introduzi-los aos fatos e 
                entendimentos do caso,   passo a contar-lhes exatamente o que aconteceu 
                comigo de um ano para   cá: 
                Como disse no início, resolvi aproveitar um tempo livre para   fazer 
                indagações existenciais. Minha primeira pergunta foi justamente sobre   aquilo 
                que vemos. Como será que foi formado o Universo? E, do que é formado   o 
                Universo? E mais, o que é o Universo? Parecem perguntas infantis,   mas 
                ninguém sabe responder, e a grande maioria das pessoas, com suas   vidas 
                consumidas pelas atividades e desafios diários não dão a menor atenção   ou 
                valor a perguntas tão “nada a ver” como estas. Na verdade, não tivesse   eu 
                reservado um tempo de folga, apesar de ser um advogado com um   escritório 
                particular para tocar, também estaria boiando na escuridão até   hoje, sem ter 
                percebido a influência absurda que o mundo invisível exerce em   nossa vida, 
                fazendo de nós, volta e meia, como peças de um jogo de   xadrez. 
                Bem, o que podemos dizer sobre a constituição do Universo? A   partir 
                de agora vou relatar minha experiência com bastante objetividade,   indo 
                diretamente às respostas que considero mais definitivas. Pela   minha 
                observação, olhando o Universo, a natureza, etc., podemos perceber,   à 
                princípio, que tudo é matéria, sejam as plantas, os minerais, nossos   corpos, os 
                planetas e estrelas e tudo o mais. Porém, a matéria quando   queimada libera  
                energia e se decompõe em subprodutos que também são matéria.   Um exemplo 
                fácil é o que ocorre com a gasolina que colocamos nos carros.   Quando 
                enchemos o tanque, está ele lá cheio de matéria, entretanto, à medida   que 
                vamos movimentando o carro, o nível de gasolina desce na proporção que   o 
                carro consome a energia do combustível. 
                Daí, decorreu-me a primeira   conclusão, que já é sabida de todos nós: 
                observamos que, no universo, além da   matéria, temos também a energia, que 
                pode ser conseguida com a queima da   matéria. Elementar até aqui. Logo, já 
                concluí que o universo é formado por   matéria e energia, além do vácuo, que 
                não vou discutir aqui por não   significar coisa alguma para a minha pesquisa, 
                pois, uma vez que o meu   objetivo era saber do que é formado o universo não 
                me apeguei àquilo que   seria o nada, a negação da existência de alguma coisa, 
                mesmo sabendo que o   vácuo exista. Prossigamos. 
                Bem, se o Universo é matéria e energia, e eu faço   parte do universo, 
                como pessoa que sou e que vive aqui, então eu sou o quê,   matéria ou energia? 
                Ou os dois? Verifico facilmente que meu corpo é matéria,   mas que movimento 
                os braços e pernas usando a energia adquirida pelos   alimentos. Logo, eu sou 
                formado de matéria e energia. Mas será só isso que   constitui o meu ser? 
                Seriam os meus pensamentos resultantes da interação da   matéria e da energia 
                constantes no meu corpo? Os meus pensamentos, idéias,   conhecimentos, 
                compreensões, abstrações seriam simplesmente fruto da   interação do meu 
                corpo material com a energia que adquiro pela alimentação?   Seja como for, já 
                percebi uma terceira coisa no universo: a Consciência, e   seja qual for a sua 
                origem, a sua natureza abstrata não se confunde com a   matéria, que constitui o 
                meu corpo físico, e nem com a energia que tenho   proveniente dos alimentos. 
                Logo, posso dizer que no Universo temos três   coisas: matéria, 
                energia e consciência. Mas qual seria a origem delas? Qual   teria surgido 
                primeiro? Quais seriam as relações entre elas? Como já   verifiquei que a  
                energia pode ser adquirida com a queima da matéria, posso   arriscar dizer 
                também que matéria é energia condensada. E, como a matéria   corresponde a 
                um estado mais organizado da energia, posso arriscar dizer   também que a 
                energia precede a matéria, que a energia é a “matéria-prima” da   matéria. Faz 
                muito mais sentido acreditar que o universo foi criado a partir   da organização 
                da energia em matéria do que achar que a matéria surgiu do   nada e, se 
                queimada, dá origem à energia. Temos que ter bom senso. 
                Mas, e   a consciência? Seria a sua origem a matéria ou a energia? 
                Ou outra que fosse?   Uma vez analisada a relação entre a matéria e a energia, 
                qual seria a relação   entre a consciência e essas outras duas coisas? De plano 
                vemos que a   consciência tem uma natureza muito diferenciada em relação à 
                matéria e à   energia. A consciência, apesar de atuar no mundo concreto, 
                apresenta uma   natureza abstrata, impalpável, embora plenamente verificável 
                nesse mundo   pelas suas manifestações, das quais podemos citar quaisquer de 
                nossas tarefas   feitas conscientemente, nossas atividades, etc. 
                Verificamos assim, quase sem   querer, que a nossa consciência 
                exerce um verdadeiro império sobre a matéria   e a energia que está ao nosso 
                alcance. Tomando como exemplo o nosso próprio   corpo, só para ilustrar, vejo 
                que meus braços e pernas se movem ao comando da   minha consciência, sem 
                questionar. E que qualquer objeto que esteja ao meu   alcance eu posso 
                deslocá-lo, tirando-o daqui e pondo-o ali, ao meu alvedrio,   interferindo assim no 
                mundo da matéria e da energia à vontade, submetendo as   coisas materiais e a 
                energia também ao império da minha consciência. Bem,   verificando que a 
                minha consciência pode submeter a matéria e a energia à sua   vontade, não é 
                razoável supor que a origem da consciência seja a matéria ou a   energia, pois 
                esse entendimento levaria a se admitir que uma coisa geraria   outra que 
                exerceria império absoluto sobre ela. Seria muito estranho.  
                Logo, montei a seguinte tese, pois achei a mais verossímil: a   matéria, 
                por parecer uma condensação organizada da energia, tem origem nesta,   e, a 
                energia, por obedecer cegamente à vontade da consciência, deve ter   origem 
                nesta outra. Mas como pode ter a energia origem na consciência, se eu,   que 
                sou uma consciência, jamais fiz energia? Agora chegou a hora de pensar   com 
                humildade. Se a consciência exerce império sobre a energia, ela   é 
                inegavelmente superior a esta, mas a que mundo a consciência pertence?   Não 
                pertence ela a um mundo abstrato, impalpável? Se eu não faço energia,   seria 
                possível a existência no mundo abstrato, impalpável, de alguma   consciência 
                que houvesse feito ou projetado da sua mente a energia inicial a   partir da qual 
                fosse organizado o universo? Bem, essa pergunta me arrepiou os   cabelos. 
                Cheguei finalmente à idéia assustadora de que por traz da   existência 
                da energia e da matéria há uma ou mais de uma consciência, no   plano 
                espiritual, produzindo energia e organizando-a de forma inteligente   para os 
                seus propósitos. É impressionante! E, pela seqüência do meu   raciocínio, 
                conforme relatado, as chances de eu estar certo pareciam maiores   do que as 
                chances de eu estar errado. 
                Cheguei sobriamente, e sem qualquer   intervenção de religiosos, à 
                idéia de Deus. E considerar a sua existência e o   seu controle pleno sobre o 
                universo é inevitável. Descobri assim,   intelectualmente, que Deus existe, tem 
                controle de tudo, e que inclusive está   me observando nesse momento, como 
                sempre esteve, e sempre vai estar! Esse   pensamento imediatamente me pôs 
                em alerta. A chance de eu estar certo era   muito maior do que a de eu estar 
                errado, e eu não tinha sequer uma outra tese   razoável para contrapor a esta. 
                Foi tremendo! 
                Sendo assim, pus-me de   joelhos, e, humildemente, e em silêncio, fiz 
                uma oração pedindo para que a   Consciência Original se apresentasse a mim, 
                disse que eu tinha certeza da Sua   existência e que sabia que Ela tinha total  
                capacidade de ler meus   pensamentos, captar, receber e entender minha 
                oração. Disse também que era   muito grato por Ela ter-me criado, que A amava 
                muito e que seria uma grande   honra e enorme prazer conhecê-La 
                pessoalmente. Foi tiro e queda! E claro que   a queda foi minha! 
                Não foi no mesmo instante que eu recebi a resposta da   Consciência 
                Original, mas Ela, com um domínio assustador sobre os fatos   e 
                acontecimentos, deixou bem claro pra mim que Ela estava sim no controle   de 
                tudo, e que o Universo e as pessoas foram criadas para cumprir um   propósito 
                Seu, e que nada, embora às vezes pareça a nossa vista, escapa-Lhe   do 
                controle. É como se tudo o que existe apenas ocorresse após a sua criação,   e 
                que aquilo que não fosse criado não teria chance de existência.   Assombra! 
                Admitindo assim que existe o mundo espiritual, das   consciências, 
                independente do mundo material, onde vivemos encarnados,   comecei, sem 
                querer, a perceber a presença nesse mundo de consciências não   encarnadas 
                agindo na mente de pessoas encarnadas, e promovendo o mal! Além   também 
                de interagirem, ocultamente, no mundo material e energético! Caramba!   Tinha 
                acabado de perceber a presença dos demônios na Terra! Percebi que   era 
                mesmo verdade aquela história de “espírito ruim” promovendo a desgraça   entre 
                os homens! Percebi o perigo, e antes que a minha vida virasse um   inferno, orei 
                demais a Deus, e sem parar, para que Ele me afastasse do Mal   que estava me 
                espreitando. 
                Não vou aqui entrar em detalhes da minha vida   privada, de como 
                tudo o mais aconteceu. O objetivo desse texto foi apenas   expor as razões 
                intelectuais da minha conversão. Mas digo que ao orar a Deus   para que Ele me 
                afastasse do mal, lembrei-me muito da figura de Jesus Cristo.   E considerando 
                que: 
                a) a humanidade sabe que Jesus teve uma vida   santa, 
                b) ninguém é capaz de acusá-lo de qualquer mal,  
                c) mesmo os que   não são cristãos admiram a sua pessoa, e muitos 
                o consideram um   profeta, 
                d) ele fez milagres como ressuscitar mortos, curar   doentes, 
                multiplicar pães, transformar vinho em água, etc. 
                e) sua   existência é irrefutável. Ele existiu, e marcou uma era, tanto 
                que estamos no   ano 2008 do seu nascimento, 
                f) a sua ressurreição é indiscutível, pois como   seria possível, onze 
                discípulos de origem humilde, cheios de problemas   particulares, 
                vencerem o desespero que os possuiu na sexta-feira santa, e   se 
                tornarem, a partir do terceiro dia, nos mais esperançosos 
                anunciante do   Reino dos Céus, e, passando a viver e morrer pela 
                causa, 
                g) Jesus Cristo   disse que era Deus, e também que o propósito de 
                sua encarnação era   oferecer-nos entrada para uma vida gloriosa 
                após a morte, e que ele seria   cruelmente morto nesse mundo 
                para nos livrar da ira de Deus-Pai,   Todo-Poderoso, perante o qual 
                a nossa espécie caiu em virtude do pecado   original cometido 
                pelos nossos primeiros ancestrais, 
                h) e que a chance de   Jesus ter dito a verdade é maior do que a de 
                ele ter dito uma   falsidade, 
                Então, acho mais prudente acreditar em Jesus do que não   acreditar. 
À principio, eu acredito que a gente deve desconfiar das pessoas,   pois todo 
                mundo erra, e mesmo quando bem intencionado, uma pessoa pode   estar 
                induzida a erro quando faz qualquer afirmação. Todavia, em relação a   Jesus 
                Cristo, é mais aconselhável que o ônus da prova seja invertido, pois   temos que 
                considerar o excepcional histórico da sua pessoa. 
                Mas, como eu   ia dizendo, ao pedir a Deus que me afastasse do mal, 
                lembrei-me muito da   pessoa de Jesus, e irresistivelmente, pedi para que Deus 
                perdoasse qualquer   ofensa minha, pois a tese bíblica já estava fazendo sentido 
                pra mim, pedi que   me lavasse com o sangue de Jesus e perdoasse sim os  
                meus pecados, pois a   essa altura eu já estava me conscientizando de que fazia 
                sim coisas   vergonhosas e que isso inevitavelmente afastava a Consciência 
                Original de   mim! Para a Consciência Original, aquilo que não é direito é 
                logicamente   repulsivo. Percebi que embora Ela tenha todo o universo sob 
                controle, Ela   respeita o livre arbítrio que concedeu ao homem, permitindo que 
                este seja   livre e até faça bobagens, permite inclusive que homens se voltem 
                contra Ela   ou desrespeitem sua criação, o que, diga-se de passagem, é a 
                maior burrice   que um ser pode fazer em toda a sua existência. 
                Se você quer ter problemas   com alguém, eu sugiro que escolha 
                alguém mais fraco que você. Por mais   valente e inteligente que seja, jamais eu 
                sugeriria a alguém ter problemas   com o Ser que criou o universo a partir da 
                projeção de energia do seu   espírito e criou o homem à sua imagem e 
                semelhança. Muito cuidado! 
                Depois   de tanto orar a Deus, pedindo que guiasse a minha vida, senti 
                uma forte   necessidade de voltar a freqüentar uma igreja, e, de preferência uma 
                que   invocasse Deus por meio de Jesus Cristo. Logo, voltei para esta igreja, 
                onde   fiz minha profissão de fé aos 13 anos de idade, e agora, após 20 anos   de 
                apostasia, volto com muita fé e comprometimento, pois agora sei, sem   sombra 
                de dúvida, com Quem estamos lidando. 
                Um grande abraço, 
                E Deus te   abençoe, 
               
  Brasília, 3 de agosto de 2008. 
               
                Guilherme Ornelas Mendes Lobato               
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